
Um pouco de história
O
meio envolvente
Localização geográfica
Dr. Rui Grácio -
Patrono da Escola
Venha
conhecer a EBS Rui Grácio

Um pouco de história
A Escola Básica e Secundária Dr. Rui Grácio (antiga Escola EB 2,3 Dr.
Rui Grácio), encontra-se situada na freguesia de
Montelavar, junto a Pêro Pinheiro, no concelho de Sintra.
A actividade da nossa escola (criada pela portaria nº 406/80 de 15 de
Julho) foi iniciada há 33 anos, tendo sido comemorado em 2004, o seu
vigésimo aniversário.
Anos mais tarde adoptou como patrono a figura do
Dr. Rui Grácio,
professor e investigador que dedicou toda a sua vida à causa do ensino.
Muitas das reformas que sucederam no campo da educação a seguir ao 25 de
Abril foram de sua responsabilidade. Também a Reforma Curricular foi
buscar muitos princípios orientadores à sua obra.
Marcante na história da Escola foi, sem dúvida, a experimentação dos
novos planos curriculares. Iniciada no ano lectivo de 1990/91, foi um
ponto de viragem no processo de ensino/aprendizagem, na medida em que
trouxe ao dia a dia da escola outras práticas pedagógicas.
Um dos aspectos onde tem havido, ao longo dos anos, um grande
investimento por parte da escola, é o da animação sócio-comunitária
pois, assim, pode a escola afirmar a sua função cultural e,
simultaneamente, servir de catalisador das formas de cultura local.
As actividades de Área-Escola têm sido, no âmbito disciplinar, um dos
aspectos mais inovadores, pois têm permitido o desenvolvimento de
projectos com uma forte componente interdisciplinar.
A nível das actividades de Complemento Curricular, a escola tem
desenvolvido um projecto de ligação ao meio relacionado com a criação do
Atelier de Escultura e Cantaria , que tem contribuído para a preservação
das técnicas ancestrais do trabalho da pedra.
O Centro de Recursos, constituído por uma Biblioteca, várias Salas de
Informática, Sala de Audiovisuais, Sala de Produção, Gabinete de Som,
Estúdio de Fotografia e Sala de Exposições, está vocacionado para o
apoio aos inúmeros projectos que decorrem na escola, permitindo
simultaneamente que os alunos desenvolvam diferentes interesses.
A estrutura física da escola é constituída por oito blocos.

Fotografia
aérea da Escola Básica e Secundária Dr. Rui Grácio
(c) 2011 - Tele Atlas; GeoEye; Google (Adaptado)
Quatro destes blocos estão predominantemente vocacionados para aulas, um
bloco central que tem os serviços administrativos, vários sectores de
apoio pedagógico, o polivalente, o bar, o refeitório e a papelaria. É
neste bloco que se encontra situada a maior parte do Centro de Recursos.
Um outro bloco encontra-se dedicado às actividades de Escultura e
Cantaria, onde se podem observar alguns dos trabalhos em pedra já
realizados. Por fim, existe também um bloco constituído pelos balneários
que se situa junto da área dos campos de jogos.
O Meio Envolvente
A Escola Básica e Secundária Dr. Rui Grácio, encontra-se localizada na freguesia de
Montelavar, uma das catorze freguesias que fazem parte do Concelho de
Sintra.
Com cerca de 940 hectares e cerca de 6.900 habitantes, faz fronteira com
Pêro Pinheiro (para informação sobre a grafia correcta, aceda aqui), e é
destas duas freguesias que é originária a maior parte dos alunos da
Escola Básica e Secundária Dr. Rui Grácio.
Montelavar, local em outros tempos muito arborizado, é ainda hoje
conhecido pela existência de inúmeras pedreiras de onde se extrai um
mármore muito branco, razão pela qual uns pensam dever a designação de
Montelavar, cujo topónimo antiquíssimo é Alva Monte ou Monte-Alavar.
Tratando-se inicialmente de uma área exclusivamente rural, veio mais
tarde a acolher populações oriundas do Norte do país e do Alentejo,
atraídas pelas explorações de mármore que expandiam a sua actividade.
Por Montelavar passaram e viveram povos de diferentes origens, costumes
e credos.
Antes da Fundação de Portugal foi povoação Árabe, havendo também
vestígios de povos Romanos. Afirma-se que se no Alto do Outeiro, se
levantassem as lages por lá existentes, teríamos acesso a passagens
subterrâneas, muito do agrado das Legiões Romanas para atacarem de forma
inesperada os inimigos.
Em 1348 foi fundada a Albergaria - Hospital de Montelavar, administrado
pela Confraria do Espírito Santo, onde pernoitavam os viajantes.
A autonomia administrativa de Montelavar foi consagrada no reinado de D.
Manuel I (1495-1500).
Os séculos passaram, os modos de vida modificaram-se e em Montelavar
ainda é possível ouvir moinhos de vento, visitar a Capela do Espírito
Santo, a Igreja Matriz com a sua capela-mor de estilo Manuelino e os
seus azulejos dos Sec. XVII e XVIII.
Dignos da atenção do viajante, são ainda, o coreto com a sua cobertura
em ferro, o cruzeiro e a sua inscrição lapidar.
Situada na estrada real que liga Lisboa a Mafra, é no reinado de D.João
V que esta localidade ganha ainda maior projecção por ter sido por aqui
que se estendiam os campos de apoio à construção do Convento de Mafra
,embora a atribuição do foral já se tivesse devido a D. Manuel I.
Montelavar tem sido, desde esses remotos tempos, um dos grandes
produtores de mármores do nosso país, e é a industria de transformação
de rochas ornamentais a actividade que ainda hoje predomina na
freguesia, sendo responsável pelo emprego de grande parte dos seus
habitantes.
As actividades ligadas ao comércio e serviços ocupam também uma parte
importante da população activa desta localidade, sendo muito reduzido o
papel actual das actividades ligadas à agricultura.
Sendo uma região com baixo índice de desemprego é uma zona de grandes
contrastes económicos, havendo por um lado agregados familiares com bom
poder económico a par de famílias de fracos rendimentos.
A totalidade da população activa da Freguesia de Montelavar, corresponde
a cerca de 4 % do total da população activa do Concelho de Sintra. Estes
4% estão ligados principalmente a actividades associadas ao Sector II.
A dinamização cultural da zona deve-se essencialmente à actividade das
bandas filarmónicas e de alguns grupos de teatro, dos quais fazem parte
alguns dos alunos da escola.
Sendo uma zona com uma cultura que de fundo emerge de um meio rural,
encontra-se fortemente impregnada de aspectos próprios dos meios
industriais, donde resultam facetas múltiplas, umas próprias de meios
rurais, outras dos centros industriais e urbanos.
Por influência da nossa escola, nos últimos anos assistiu-se à subida do
nível de escolaridade que, de uma forma geral, era considerado baixo.
Localização geográfica
Clique aqui aqui
para aceder à localização geográfica da
Escola Básica e Secundária Dr. Rui Grácio,
através do serviço Google
Maps.
Dr. Rui Grácio
-
Patrono da Escola

"Estimulava os colegas, criava uma atmosfera de camaradagem,
de reflexão aberta, de colaboração prestante e afectuosa."
Óscar Lopes
Um breve resumo da vida do Dr. Rui Grácio, como Professor, Pedagogo e
Investigador
O Dr. Rui Grácio, nasceu em Lourenço Marques (actual Maputo),
Moçambique, em 1921, tendo falecido em Lisboa em 30 de Março de 1991.
Um dos aspectos fundamentais da sua vida, foi a sua dedicação aos
aspectos pedagógicos.
Rui Grácio obteve a licenciatura em Ciências Históricas e Filosóficas em
1947, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e o Curso de
Ciências Pedagógicas na mesma faculdade e na Faculdade de Letras da
Universidade de Coimbra.
A partir de 1960, primeiro como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian
e depois como investigador da mesma, efectuou uma série de estágios de
especialização em França, nomeadamente no Service de la Recherche do
Institut Pédagogique National e no Institut de Formation en
Psychopédagogie Familiale et Sociale. Teve então a oportunidade de
trabalhar sob a orientação de alguns dos mais reputados especialistas
franceses no domínio das Ciências da Educação.
As actividades de formação em que participou foram alternadas com as
tarefas de professor e de investigador da Fundação C. Gulbenkian.
Professor de Filosofia e de História no Lycée Français Charles Lepierre
durante vinte e cinco anos (1947-1972), ingressou na carreira da
investigação científica da Fundação C. Gulbenkian em 1963. Foi chefe do
Departamento de Pedagogia do Centro de Investigação Pegagógica (C.I.P.)
daquela instituição, bem como investigador sénior do Instituto
Gulbenkian de Ciência (I.G.C.)
.Exerceu as funções de Secretário de Estado da Orientação Pedagógica de
Julho de 1974 a Julho de 1975.
Alguns dos aspectos das concepções de Rui Grácio sobre a pedagogia e os
rumos desejáveis para o nosso Ensino puderam institucionalizar-se com a
sua participação nos II, III e IV Governos Provisórios, como Secretário
de Estado da Orientação Pedagógica.
Sob a sua responsabilidade política e técnica ou com a sua colaboração,
empreenderam-se importantes reestruturações do Sistema Educativo. Entre
elas, a modernização dos programas dos Ensinos Primário e Preparatório,
a unificação do Ensino Secundário Geral, o reajustamento dos currículos
e programas das Escolas do Magistério Primário e Infantil, a realização
de amplas acções de reciclagem dos professores em exercício, de forma a
elevar o nível qualitativo do seu desempenho profissional no quadro das
novas condições e finalidades educacionais.
Outra das suas acções mais relevantes, foi a definição de uma nova
filosofia que passou a orientar os estágios pedagógicos dos Ensinos
Preparatório e Secundário. O aumento considerável do número de Centros
de Estágio, foi sempre acompanhado de intensas acções de
formação/reciclagem de orientadores.
Era sua profunda convicção, que a qualidade da docência não era
independente do estatuto profissional dos professores, nem das suas
possibilidades de participação no processo educativo.
De acordo com a profunda preocupação com que encarava a preparação dos
professores, criou o Secretariado para a Formação dos Professores,
vocacionado para coordenar, ao nível das Direcções-Gerais, aquele sector
da actividade pedagógica.
Rui Grácio participou ainda em muitas outras acções cívicas e políticas,
podendo destacar-se, por exemplo, as suas actividades na Comissão
Portuguesa do Primeiro Ano Internacional da Paz (proclamado pela ONU em
1986).
Algumas publicações do Dr. Rui Grácio (*)
-
Lógica e Teoria do Conhecimento , Lisboa, Sá da Costa, 1962
-
Filosofia , Lisboa, Sá da Costa, 1966
-
Educação e Educadores , Lisboa, Livros Horizonte, 1968 (1ª edição)
-
Os Professores e a Reforma do Ensino , Lisboa, Livros Horizonte, 1973
(1ª edição)
-
Educação e Processo Democrático em Portugal , Lisboa, Livros Horizonte,
1981
(*) As obras apresentadas, constituem apenas uma reduzida parte da vasta
obra escrita do Dr. Rui Grácio